terça-feira, 16 de março de 2010

Projeto Guenki leva lazer, saúde e cultura a pessoas com mais de 70 anos

São proporcionadas atividades como artesanato e aulas de artes plásticas, além de fisioterapia, passeios e rotina de exercícios físicos para idosos

Vanda Munhoz
vanda@odiariomaringa.com.br

“A arte nos faz pensar, nos mantém ativos. Há muitos benefícios nessas atividades.” A declaração é da monja budista Inabe Teisho, 81, que participa do Projeto Guenki, para a terceira idade, promovido pelo Templo Budista Jodoshu Nippakuji, de Maringá. São atividades que incluem atendimento à saúde, fisioterapia, caminhadas, passeios, exercícios físicos, artesanato e aulas de artes plásticas.
Uma das coordenadoras do projeto, a psicóloga Andréa Cristiane Tessaro Orasmo, destaca que a ideia, que não está relacionada ao asilo Wajun-kai, surgiu dos frequentadores do templo budista que se preocupavam com seus idosos. “Eles queriam uma atividade prazerosa para as pessoas da terceira idade, pois muitos passavam o dia inteiro sozinhos, quando os familiares iam ao trabalho”, explica.
A primeira edição do projeto aconteceu ano passado e durou sete meses. Neste ano, a segunda edição começou em fevereiro, mas é possível formar novas turmas integradas por 12 idosos que recebem atenção de profissionais de diversas áreas: fisioterapeuta, psicólogo, enfermeira, nutricionista, professores de artes, entre outros. “Inicialmente, o projeto era voltado à comunidade japonesa, mas como foi bem aceito, abrimos para toda a comunidade”, completa Andréa.
O projeto atende pessoas a partir de 70 anos de idade, duas vezes por semana, à tarde. “Com todas as atividades, os idosos melhoram a qualidade de vida. Há estímulos à capacidade de concentração, à memória e ao físico”, cita a psicóloga, destacando que há melhorias, inclusive, na convivência familiar. “O objetivo é afastá-los de uma possível depressão, do stresse diário e de outras doenças”, arremata.
Convivência
O monge do templo budista, Eduardo Sasaki, diz que muitas vezes há desequilíbrios no seio familiar e a culpa recai sobre os idosos. “A idade acaba sendo alegada como motivo do desequilíbrio familiar. O projeto busca este equilíbrio e melhora a convivência familiar”, explica. Ele destaca que é preciso considerar que todos, um dia, vão envelhecer, mas é preciso buscar a qualidade para esta fase da vida. “A velhice e a morte fazem parte da vida”, completa.
Atualmente, o projeto atende oito idoso às terças e quintas feiras, das 14 horas às 15 horas. Nos encontros, que acontecem no salão do templo budista, eles praticam exercícios, conversam e fazem pinturas. “É muito animado porque aqui, tudo o que falamos é novidade. Contamos histórias de nossa juventude, trocamos ideias. É muito importante para a vida”, descreve a monja Inabe, integrante do grupo.
As mensalidades do Projeto Guenki, palavra que significa “estar bem”, têm o valor de R$ 250 e custeiam o trabalho dos profissionais de saúde e professores envolvidos nas atividades. O projeto ainda oferece transporte, que é cobrado à parte.

Fonte: O Diário On Line

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